Sabe que há tempos, minha terapeuta, amiga de anos vinha me
dizendo algo, que , até então não havia compreendido plenamente, e que tenho
certeza, que você, que nos lê pensa da mesma forma... mas se não pensa,
parabéns Pokemón, já pode evoluir para um nível maior!
O ser humano, nasce praticamente com um guia no bolso, que
ele vai abrindo durante a vida página por página, com apenas um problema...
estas páginas estão vazias, ocas... mas o mais importante, é o tema deste livro:
O segredo da felicidade!
Durante a infância, associamos facilmente a felicidade, aos
momentos com amigos, irmãos, pais, sempre brincando; aquele lego novo que você
ganhou, ou um boneco dos cavaleiros do zodíaco, ou até mesmo aquela bola de
capotão, que posteriormente seria praguejada por arrancar mais uma tampa de seu
dedão... mas isso era a felicidade, e pronto!
Na adolescência, beijar na boca era motivo para ficar vários
dias flutuando sozinho, e pensando nas inúmeras coisas que poderia fazer com a pessoa,
ou mesmo dizer para ela, no seu tom estranho apaixonado que lhe amava (sem
mesmo saber o sentido desta palavra); a mesada mais gorda em Dezembro, a
primeira transa, a primeira cerveja, a primeira balada, o primeiro porre, o
primeiro tudo dessa vida pré-coce (pré coce separado mesmo, porque haja saco
para coçar as vezes!)
Na fase adulta, a equação dinheiro + bens + status, está
diretamente relacionada com felicidade, e parece que você somente a encontra,
quando olha no extrato bancário, e pensa que seu acúmulo daquele mês X, fora
superior ao mês Y, e isso lhe traria mais frutos, e consecutivamente mais
felicidade. Tudo viram números: família em números de cabeça para sustentar,
amigos em número de cervejas gastas, aniversários em números de pessoas a mais
no buffet, até o jantar se converte em porcentagens divididas entre as calorias
frenéticas da dieta para manter o corpo lindo e saudável, e as de comissão do garçom
pelo atendimento muitas vezes fraco na sua mesa (fraco pois o foco no dinheiro
era tanto, que você sequer sorriu para ele!).
Conversando esses dias com uma senhora de 80 anos, ela me
dizia que hoje para ela, dinheiro não falta, amigos não faltam, risadas não
faltam, mas ela se arrepende muito de ter corrido tanto atrás de coisas que
beneficiariam no futuro outros, e ter se poupado de aproveitar mais... queixa
simbólica, afinal, no final da vida, lhe sobram poucos amigos, poucos daqueles
que você sustentou para lhe acolher no leito, o dinheiro já não faz sentido, e
as propriedades muito menos...
Como vai seu conceito de felicidade?
Já escreveu na página envelhecida do seu livro suas novas
metas para evitar as rugas faciais, e adicionar um pouco mais de serotonina
para essa vidinha medíocre?
Já sorriu hoje?
By Marcos Tavares